Antônio Vinicius Gritzbach declarou também ter sido alertado que sua "cabeça" valia R$ 3 milhões
No documento, ele diz que o valor inicialmente pedido pelos policiais foi de R$ 40 milhões e que eles alertaram Vinícius que “a cabeça” dele estava valendo R$ 3 milhões.
Vinícius era acusado de ter mandado matar dois integrantes do PCC depois de tomar conhecimento que outros integrantes da facção queriam matá-lo em razão de perdas financeiras em uma operação de lavagem de dinheiro do crime.
Segundo investigadores com quem a Noticias sem censura conversou, ele optou por lavar dinheiro com a comercialização de criptomoedas, mas a operação gerou um prejuízo de R$ 40 milhões, motivo pelo qual ele passou a ser alvo do grupo.
O depoimento na Corregedoria da Polícia Civil ocorreu em setembro após o Ministério Público compartilhar com o órgão trechos da colaboração premiada de Vinícius que mencionava policiais civis.
A Corregedoria então priorizou a oitiva de Vinícius antes mesmo das dos policiais suspeitos, por avaliar que o empresário corria risco de morte. Ele acabou assassinado dois meses depois.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, pediu o afastamento dos quatro policiais civis mencionados por Vinícius no depoimento
O afastamento não é imediato porque há um procedimento administrativo interno da Polícia Civil a ser seguido. A expectativa é de que nos próximos dias a determinação acabe sendo concretizada.
Na época, eles trabalhavam na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) durante a gestão de Rui Ferraz Pontes, delegado-geral da Polícia Civil entre 2019 e 2022.
Os quatro policiais civis se somam agora aos oitos policiais militares que a força-tarefa havia anunciado mais cedo que foram afastados pela força-tarefa também por suspeita de envolvimento com o PCC.
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