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Bebida adulterada com metanol: secretaria confirma duas mortes em SP

 

Centro de Vigilância Sanitária do Estado informou que outros 10 casos estão em investigação por suspeita de intoxicação



Pelo menos duas pessoas morreram após consumir bebida adulterada com metanol

De acordo com o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do estado, desde junho foram confirmados seis casos de intoxicação por metanol. Desses, dois resultaram em morte, sendo uma na capital e outra em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

A secretaria ainda informou que outros 10 casos, todos na capital, estão em investigação por suspeita de intoxicação após ingerir bebida contaminada.


Secretaria de Segurança Pública informou que a segunda morte, de um homem de 38 anos, aconteceu no dia 18 de setembro. Ainda segundo a SSP, um inquérito no 48º Distrito Policial de Cidade Dutra foi instaurado para investigar outro caso de intoxicação por metanol.

A pasta afirmou que a polícia realiza diligências e colhe os depoimentos de testemunhas, vítimas e demais envolvidos no caso. Exames periciais também foram solicitados para ajudar na apuração.

O que é metanol

O metanol é uma substância líquida, inflamável e incolor. É amplamente utilizado como solvente, na fabricação de combustíveis, plásticos, tintas e medicamentos

Tem grande potencial de intoxicação, e quando consumido pode levar à morte mesmo em doses pequenas.

Bebida falsa

A bebida alcoólica é adulterada com metanol, sem uma marca ou tipo específico.

Os casos foram notificados pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas (SP), unidade de referência em toxicologia no estado e que atende diversos municípios, e foram encaminhados à secretaria por serem considerados "fora do padrão para o curto período de tempo e também por desviar dos casos até hoje notificados de intoxicação por metanol".

O alerta também foi emitido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

"O Ciatox recebeu, nos últimos dois anos, casos de intoxicação por metanol a partir de consumo de combustíveis por ingestão deliberada em contextos de abuso de substâncias, frequentemente associada à população de rua. Contudo, de acordo com a notificação de hoje, a ingestão se deu em cenas sociais de consumo alcóolico, incluindo bares, e com diferentes tipos de bebida, como gin, whisky, vodka, entre outros", informa.


Intoxicação por metanol: ministério alerta para risco coletivo à saúde em SP


Governo federal publica nota técnica motivada por notificação de intoxicação pelo consumo de bebidas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica






O Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou uma recomendação urgente a estabelecimentos comerciais em São Paulo e em regiões limítrofes depois de a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas ser notificada sobre nove casos de intoxicação por metanol no estado em um período de 25 dias, todos a partir da ingestão de bebida alcoólica adulterada.

Segundo a pasta do governo Lula, a medida foi motivada por “recentes ocorrências de intoxicação compatíveis com consumo de bebidas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica e de risco coletivo à saúde pública”. A nota técnica assinada pelo secretário nacional do Consumidor, Paulo Henrique Pereira, orienta estabelecimentos a adquirir bebidas exclusivamente de fornecedores formais, com CNPJ ativo e regularidade no segmento.

“Toda compra deve ser acompanhada de Nota Fiscal válida, com conferência da chave de 44 dígitos no portal oficial. Recomenda-se

conciliar, no ato do recebimento, marca, produto, teor alcoólico, volume e número de lote indicados na nota com aqueles impressos nos rótulos e caixas”, aponta a diretriz do ministério. 

Também proíbe o recebimento de garrafas “com lacre/rolha violados, rótulos desalinhados ou de baixa qualidade, ausência de identificação do fabricante/importador (com CNPJ e endereço) e lotes ausentes, repetidos ou ilegíveis. Transvasar ou reacondicionar bebidas é prática proibida e aumenta o risco de fraude”.





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