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Morre a atriz e comediante Berta Loran, aos 99 anos

 


RESUMO



Morreu, aos 99 anos, a atriz e comediante Berta Loran. A coluna descobriu que a veterana das telinhas estava internada em uma unidade de saúde particular em Copacabana, zona sul do Rio.
A artista completaria um centenário em março do ano que vem e vivia reclusa, sem contato com a imprensa. Em contato com a assessoria do hospital, ainda não recebemos um retorno sobre o óbito.
A relutância da artista em falar com a imprensa é confirmada por João Luiz Azevedo, produtor cultural e realizador do livro-homenagem Berta Loran: 90 anos de humor (Litteris), lançado em 2016.


A atriz Berta Loran morreu na noite de domingo, 28. A veterana completaria seu centenário em março. Ela estava internada no Hospital Copa D’Or. Em nota, a assessoria do centro de saúde confirmou a morte, mas disse que não está autorizada a divulgar a causa da morte.





Berta nasceu em Varsóvia, na Polônia, em 1926. Chegou ao Brasil aos 9 anos de idade, fugida da perseguição nazista aos judeus na Europa. Ela se naturaliza brasileira em 1957.

A carreira de Berta Loran


O início da carreira como atriz e comediante se deu em clubes da comunidade judaica. Estreou no cinema em 1955, no filme Sinfonia Carioca, de Watson Macedo. Depois de uma carreira consolidada no cinema e no teatro, Berta foi chamada para compor o elenco do programa Espetáculos Tonelux, na extinta TV Tupi.

A convite de Boni, entra para a TV Globo em 1966, para o programa Bairro Feliz, dirigido por Max Nunes (1922-2014) e Haroldo Barbosa (1915-1979). Na emissora, tem uma longa carreira, fazendo parte de elencos que construíram a história da televisão brasileira, como Balança Mas Não Cai (1968), Faça Humor, Não Faça Guerra (entre 1970 e 1973), Satiricon (1974-1975), Planeta dos Homens (1976-1982) e Viva o Gordo (1981).

A partir de 1991, passa a participar sistematicamente dos programas de Chico Anysio, em especial da Escolinha do Professor Raimundo, onde interpretava a imigrante portuguesa Manuela D’Além Mar. A atriz voltou à Escolinha na segunda versão do programa, em 2001, interpretando a judia Sara Rebeca. Volta, pela terceira vez à Escolinha, com a personagem Maria, novamente uma portuguesa, que contracenava com Manuel, vivido por Agildo Ribeiro.

Sua última atuação na televisão foi em A Dona do Pedaço, de 2009. Na trama de Walcyr Carrasco, Berta fez uma participação como Dinorá Macondo, mãe do personagem Juninho, vivido por Marco Nanini.

Hospital se manifesta após morte de Berta Loran, aos 99 anos



hospital Copa D’Or se manifestou sobre a morte da atriz e humorista Berta Loran, aos 99 anos. A unidade de saúde lamentou a notícia e enviou mensagens de solidariedade aos familiares, fãs e amigos.

“O Hospital Copa D’Or informa, com pesar, o falecimento da Sra. Berta Loran na noite de domingo (28/9) e se solidariza com a família, amigos e fãs por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes”, afirmou o texto.


A notícia do óbito

Morreu, aos 99 anos, na noite de domingo (28/9), a atriz e comediante Berta Loran. A coluna Fábia Oliveira descobriu que a veterana das telinhas estava internada em uma unidade de saúde particular, em Copacabana, zona sul do Rio.

A artista completaria um centenário em março do próximo. Ela vivia reclusa, sem contato com a imprensa. A reportagem acionou a assessoria do hospital, mas ainda não recebeu retorno sobre o óbito.




A relutância da artista em falar com a imprensa é confirmada por João Luiz Azevedo, produtor cultural e realizador do livro-homenagem Berta Loran: 90 anos de humor (Litteris), lançado em 2016.

Quem era Berta Loran

Nascida em Varsóvia, na Polônia, em 1926, Berta imigrou ainda criança para o Brasil, fugindo das perseguições contra judeus na Europa. Instalou-se com a família no Rio de Janeiro, onde começou a se interessar pelas artes. Foi nos palcos de teatro de revista que conquistou o público com sua irreverência, naturalidade e espontaneidade.

Berta Loran se tornou um rosto conhecido da televisão brasileira a partir da década de 1960. Esteve presente em programas humorísticos marcantes, como Balança, Mas Não Cai, Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total, além de participações em novelas e minisséries.

Com seu sotaque característico e jeito debochado, fez história como uma das primeiras mulheres a se consolidar no humor em um período dominado por homens. Com quase oito décadas de carreira, Berta Loran atravessou diferentes fases da televisão brasileira, sempre carregando o riso como ferramenta de resistência e identidade artística.




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