A cirurgia de Jair Bolsonaro terminou sem complicações e o presidente está clinicamente estável, sem febre e sem dores. A pedra na bexiga foi completamente removida após 1h30 nesta sexta-feira (25), de acordo com boletim médico enviado pelo hospital Israelita Albert Einstein.
O procedimento foi feito por endoscopia, ou seja, sem cortes. Para retirar a pedra, também chamada de cálculo, é colocada uma sonda na uretra. Por meio da sonda, é intronduzido um aparelho muito pequeno que tem uma câmera e um laser.
O presidente chegou em São Paulo (SP) na manhã de hoje e deu entrada no hospital às 7h. A expectativa é de que o presidente possa voltar à Brasília neste sábado (26).
Há cerca de um mês, quando Bolsonaro anunciou a necessidade da cirurgia, afirmou que tinha pedra na bexiga há mais de cinco anos e que era de "estimação". "Está na bexiga e é maior que um grão de feijão. E resolvi tirá-lo porque deve estar ferindo internamente a bexiga", explicou.
Leia o boletim na íntegra:
"O Excelentíssimo Presidente da República Jair Bolsonaro foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga. O procedimento foi realizado sem intercorrências, com duração de 01h30 e o cálculo foi totalmente removido. No momento, o paciente encontra-se estável clinicamente, afebril e sem dor.
Dr. Leandro Santini Echenique, cardiologista
Dr. Leonardo Lima Borges, urologista
Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor-Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein"
Até por volta de 11h40, a assessoria do hospital não havia informado sobre a previsão de alta. Pacientes que são submetidos a esse tipo de procedimento costumam ficar internados por até 48 horas.
Segundo boletim médico divulgado pelo hospital após o término da cirurgia, Bolsonaro "foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga". "O procedimento foi realizado sem intercorrências", diz o boletim.
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Considerada de baixo risco, a cirurgia precisou de anestesia geral e foi realizada pelo médico urologista Leonardo Borges. Um cardiologista acompanhou o procedimento. Bolsonaro estava em São Paulo desde o início da noite desta quinta-feira (24) para passar pela cirurgia.
Pedra 'maior que um grão de feijão'
Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada no último dia 1º, Bolsonaro disse que tinha o cálculo havia mais de cinco anos. Segundo o presidente, a pedra estava na bexiga e é maior do que um grão de feijão. A estimativa é que tivesse entre 2,5 e 3 cm.
Médicos urologistas explicam que a pedra na bexiga costuma vir do rim, mas também pode se formar na própria bexiga e pode provocar dores para urinar e, em alguns casos, sangramento.
O urologista George Tormim Borges Júnior diz que é possível o paciente conviver com a pedra na bexiga por muito tempo, mas chega um momento em que ela aumenta de tamanho e passa a incomodar muito.
“Com o passar do tempo, ela, dentro da bexiga, se infecta e vai aumentando o tamanho progressivamente. A gente vê casos que a pessoa passa vários anos com aquele cálculo incomodando pouco. Depois de algum tempo, passa a incomodar mais porque, na hora da micção, ele obstrui a urina sair”, explica.
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