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Na quarta, o deputado decidiu fazer um discurso no plenário para alertar Bolsonaro de que o Congresso dispõe de 'remédios políticos amargos', alguns 'fatais', com o objetivo de impedir 'a espiral de erros de avaliação'
Ainda na quarta, Lira decidiu fazer um discurso no plenário para alertar Bolsonaro de que o Congresso dispõe de “remédios políticos amargos”, alguns “fatais”, com o objetivo de impedir “a espiral de erros de avaliação”. A primeira versão do texto continha a palavra“impeachment”.
Tanto Lira quanto Pacheco ouviram dos empresários a expectativa de que o presidente “troque de roupa”. Há consenso também de que um impeachment exige tempo e, neste momento, prejudicaria ainda mais o controle da pandemia. A proposta, no entanto, não está mais tão distante. Ao Estadão, Lira descartou a abertura de uma CPI da Saúde para pressionar o governo. “CPI resolve zero”, disse ele. “Assustar quem já morreu?”, questionou, numa referência ao general Eduardo Pazuello, demitido do Ministério da Saúde. “Vamos para outras medidas”.
Um interlocutor do Congresso observou que não dá para o presidente continuar governando por instinto, com a gasolina a R$ 6, “Lula livre” e, sobretudo, mais de 300 mil vidas perdidas para a covid-19. A avaliação é que Bolsonaro precisa entender que não vive mais no auge da popularidade.
Fonte estadão
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