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Autoridades tentam fazer dragagem para libertar embarcação e liberar um dos principais trechos de tráfego marítimo do mundo
Em uma coletiva de imprensa realizada neste sábado, o tenente-general Osama Rabei, responsável pelo canal, disse a repórteres não ser possível estabelecer um prazo de quando o navio poderá ser desalojado, ressaltando a dificuldade da operação. Ele explicou que depois de retirar a areia da costa em que o Ever Given está encalhado e cavar para aumentar a profundidade do canal na área, a principal opção no momento seria arrastar o navio.
Vista aérea do Canal de Suez e do navio Ever Given Foto: Maxar Technologies/Handout via REUTERS
Ainda de acordo com Rabei, a outra opção é descarregar uma parte para aliviar o peso do navio, que possui 18.300 contêineres de mercadorias a bordo. Entretanto, o tenente-general acredita que a dragagem seja suficiente para libertá-lo. "É difícil dizer um tempo para solucionar o problema. Não posso dizer quando vamos terminar, talvez esta noite, se Deus quiser, ou amanhã", afirmou Rabei.
Em pouco menos de uma semana após o Ever Given encalhar devido a fortes rajadas de vento que atingiram a região, um congestionamento marítimo cresceu para cerca de 321 navios perto de Port Said, no Mar Mediterrâneo. O navio ficou preso em um trecho de pista única do canal, cerca de seis quilômetros ao norte da entrada sul, perto da cidade de Suez.
O navio Ever Given, de bandeira do Panamá, que foi lançado em 2018, tem cerca de 400 metros de comprimento e 59 metros de largura e estava a caminho de Roterdã, na Holanda, de acordo com o site de rastreamento de navios da Marine Traffic.
Desencalhe
Esforços para tirar o meganavio continuam em meio a temores de que possa afetar o comércio global por semanas
Bilhões de dólares encalhados
Com o bloqueio do tráfego no Canal de Suez, bilhões de dólares em mercadorias - calculados entre US$3 bilhões e US$ 9 bilhões por dia - também ficaram presos e as consequências econômicas exatas dependerão da duração da paralisia.
O bloqueio "não poderia vir em momento pior para o canal mais usado" do mundo, em meio à pandemia do coronavírus, comenta Jonathan Owens, especialista em logística da University of Salford Business School.
"Dado o grande número de partes afetadas pela situação, direta e indiretamente, é impossível neste nível quantificar o valor das mercadorias em atraso", considera Daniel Harlid, analista da Moody's. / AP, AFP e EFE
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