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Confrontos entre #Israel e Hamas deixam dezenas de mortos e centenas de feridos

 



Pelo menos 20 pessoas, incluindo nove crianças, foram mortas na madrugada de segunda para terça-feira em bombardeios conduzido por Israel na Faixa de Gaza. Os foguetes israelenses começaram a ser disparados na segunda-feira em "resposta" ao Hamas, que também enviou foguetes contra Jerusalém. Mais de 100 pessoas foram feridas no local. Os disparos foram os episódios mais recentes numa escalada de conflitos entre israelenses e palestinos ao longo das últimas semanas.

Foto via @AFPBrasil

 A Força Aérea israelense lançou uma série de ataques contra a Faixa de Gaza, após o lançamento de dezenas de foguetes do território contra áreas dentro de Israel. Segundo autoridades sanitárias de Gaza, 20 pessoas morreram, incluindo nove crianças e um comandante do Hamas, no ataque mais letal de Israel contra o território palestino em três anos . Sessenta e cinco pessoas ficaram feridas.

O enfrentamento se dá em meio a um levante civil palestino em Jerusalém , na maior onda de protestos na cidade desde a Segunda Intifada (2000-2005), com mais de 500 palestinos feridos desde sexta-feira.

grupo islamista Hamas, que controla Gaza, reivindicou o lançamento dos foguetes, que não provocaram vítimas fatais, "em resposta à agressão do inimigo" em Jerusalém, onde palestinos foram às ruas motivados pelo processo de despejo de famílias que vivem no setor oriental da cidade, majoritariamente árabe. Segundo o premier israelense, Benjamin Netanyahu, os ataques de hoje não devem ser os únicos, e podem se estender a outras áreas além de Gaza.

Sem dar detalhes, os militares israelenses confirmaram o ataque, apontando que o alvo era um comandante do Hamas, mais tarde identificado como Muhammad Fayad, das Brigadas al-Qassam, braço armado do grupo. Eles disseram também que “não poderiam confirmar ou negar” que mortes em Gaza foram provocadas pelos bombardeios.


Segundo os israelenses, o Hamas e o grupo Jihad Islâmica lançaram, nas últimas horas, 45 foguetes em direção a áreas habitadas — em sua maioria, os projéteis caíram em áreas abertas perto das cidades de Ashkelon e Sderot, onde um míssil antitanque atingiu um veículo, provocando ferimentos leves em um homem que estava nos arredores. Um outro míssil acertou uma casa abandonada nos arredores de Jerusalém, e o sistema de defesa aérea Cúpula de Ferro  interceptou um outro foguete vindo de Gaza. Já o Hamas garante ter lançado 100 foguetes.

Forças de segurança israelenses brigam com manifestante palestino no Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém. Israel prometeu restaurar a ordem em Jerusalém depois que centenas de manifestantes palestinos foram feridos em fim de semana de confrontos com as forças de segurança israelenses uma audiência importante no tribunal sobre uma disputa de propriedade de ponto crítico foi adiado Foto: MENAHEM KAHANA / AFP
Forças de segurança israelenses detêm um manifestante palestino em meio a confrontos na Cidade Velha de Jerusalém, antes de marcha planejada para comemorar a conquista de Jerusalém por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967 Foto: EMMANUEL DUNAND / AFP
Médicos palestinos evacuam um manifestante ferido do complexo da mesquita de Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém Foto: AHMAD GHARABLI / AFP
Homem palestino chora sobre o corpo de uma criança morta em meio a uma explosão de violência israelense-palestina, em um necrotério de hospital no norte da Faixa de Gaza Foto: MOHAMMED ABED / AFP
Palestinos reagem em um hospital no norte da Faixa de Gaza em meio a uma explosão de violência israelense-palestina Foto: MOHAMMED ABED / AFP
Pessoas são refletidas em uma poça de água misturada com sangue no local onde palestinos foram mortos em meio a uma explosão de violência israelense-palestina, no norte da Faixa de Gaza Foto: MOHAMMED SALEM / REUTERS
Palestino detido por membros da força de segurança israelense disfarçados, próximo ao Portão de Damasco, nos arredores da Cidade Velha de Jerusalém Foto: RONEN ZVULUN / REUTERS
Manifestante palestino atira pedras com um estilingue próximo a pneus em chamas durante um protesto na fronteira com Israel, a leste de Rafah, no sul da Faixa de Gaza Foto: SAID KHATIB / AFP
Jordanianos demonstram solidariedade ao povo palestino, próximo à embaixada israelense em Amã, Jordânia Foto: MUATH FREIJ / REUTERS
Jordanianos demonstram solidariedade ao povo palestino, próximo à embaixada israelense em Amã, Jordânia. A placa diz: "Expulse o embaixador, feche a embaixada" Foto: MUATH FREIJ / REUTERS
A polícia israelense detém um palestino na Cidade Velha de Jerusalém durante confrontos, durante o mês de jejum sagrado muçulmano do Ramadã continua, em Jerusalém Foto: AMMAR AWAD / REUTERS - 25/04/2021
Soldado israelense dispara durante confrontos com jovens palestinos no centro da cidade ocupada de Hebron, na Cisjordânia Foto: HAZEM BADER / AFP - 25/04/2021
Um jovem palestino segura uma pedra pronta para atirar nas forças de segurança israelenses no centro da cidade ocupada de Hebron, na Cisjordânia, em 24 de abril de 2021 Foto: HAZEM BADER / AFP - 25/04/2021
Policiais israelenses prendem um manifestante palestino próximo ao Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém Foto: AHMAD GHARABLI / AFP
Membros das forças israelenses assumem posição enquanto palestinos participam de um protesto anti-Israel contra a tensão em Jerusalém, em Hebron, na Cisjordânia ocupada por Israel Foto: MUSSA ISSA QAWASMA / REUTERS - 25/04/2021
Forças de segurança israelenses detiveram um manifestante palestino em frente ao Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém Foto: AHMAD GHARABLI / AFP - 25/04/2021
Soldados israelenses ficam ao lado de pneus em chamas enquanto palestinos participam de um protesto anti-Israel contra a tensão em Jerusalém, em Hebron, na Cisjordânia ocupada por Israel Foto: MUSSA ISSA QAWASMA / REUTERS - 25/04/2021

O último ataque israelense com maior número de mortos ocorreu em 14 de maio de 2018, quando mais de 60 palestinos morreram durante protestos e confrontos coincidentes com a inauguração da nova embaixada dos EUA em Jerusalém.

Ao longo do final de semana e nesta segunda, o Hamas prometeu lançar ataques contra o território israelense, como forma de marcar posição nos protestos que há semanas são registrados em Jerusalém. Os palestinos reclamam do despejo de quatro famílias do distrito de Sheikh Jarrah, uma área de maioria árabe mas que é alvo de disputa há décadas.

Os manifestantes querem pressionar a Suprema Corte para que reverta a decisão de um tribunal de instância inferior que cedeu as casas das famílias a colonos israelenses que afirmam ter comprado as propriedades. Os atos, reprimidos pelas autoridades israelenses em plena Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã, deixaram 331 palestinos feridos apenas nesta segunda, e mais de 500 desde o fim de semana.

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Os protestos também ocorreram em Gaza, e passaram das ruas para as barreiras que separam a região do território israelense. No sábado e no domingo, manifestantes jogaram pedras e pneus queimados contra as tropas em postos de controle. Ao mesmo tempo, o Hamas passou a afirmar que retomaria o lançamento de foguetes contra cidades de Israel, incluindo Jerusalém, que foi alvo de pelo menos sete projéteis nas últimas horas.

Opções sobre a mesa

Em comunicado, o porta-voz da ala militar do Hamas, Abu Obeida, afirmou que os foguetes eram uma resposta ao que chamou de “crimes e agressão” de Israel, e que essa era “uma mensagem que o inimigo precisa entender bem”. O grupo também deu um ultimato para que as forças de segurança israelenses deixassem Sheikh Jarrah até as 18h pelo horário local, 11h pelo horário de Brasília, e que realizaria novos ataques caso a repressão na Cidade Velha de Jerusalém continuasse.


A resposta veio pouco depois. Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Hidai Zilberman, os foguetes, em especial o que atingiu um veículo, “foram um evento significante que não passará impune”.

— O Hamas vai sentir que nossa resposta a esse evento não vai durar alguns minutos, mas sim dias — declarou Zilberman à imprensa. — Se o Hamas não entendeu isso ainda, eles vão entender depois do que fizermos. Temos algumas opções sobre a mesa.

Em pronunciamento, Netanyahu confirmou que a resposta israelense deve ser prolongada, e não se resumirá apenas a Gaza.

— As organizações terroristas em Gaza cruzaram a linha vermelha à noite no Dia de Jerusalém e nos atacaram com mísseis nas entradas de Jerusalém. Israel responderá com grande força. Não sofreremos danos ao nosso território, nossa capital, nossos cidadãos e nossos soldados. Quem nos ataca vai pagar um preço alto — afirmou, em pronunciamento. — O conflito atual pode continuar por algum tempo. Não queríamos escalar, mas aqueles que escolherem escalar sentirão a força de nossos braços.

Ao se pronunciar sobre a crise, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que o Hamas deve suspender imediatamente o lançamento de foguetes contra Gaza. Ao mesmo tempo, pediu a todos os lados que trabalhem para amenizar as tensões em Israel.

Segundo um funcionário do governo palestino, em entrevista à Reuters, representantes do Egito, do Qatar e das Nações Unidas ja estão em contato com lideranças do Hamas para tentar reverter a escalada. Ele pontuou que, no passado, esses países e a ONU já mediaram tréguas entre o grupo e Israel no passado.

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