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Após demanda das Forças Armadas, TSE concorda em elaborar teste de urnas em dia de votação; corte não confirma prazo (por favor desative seu adblock )

 


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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou na última quarta que vai preparar um teste-piloto, que seria realizado no dia das eleições, em algumas sessões de votação com a participação de eleitores. A corte, no entanto, não confirmou a testagem já para este ano. Decisão foi tomada após reunião do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, com o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira. Técnicos dos dois órgãos vão elaborar o formato da testagem. Especialistas afirmam que não há indícios de fraudes nas urnas eleitorais usadas no Brasil.


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, cedeu às pressões de militares e se comprometeu a fazer um teste de integridade das urnas eletrônicas com a participação de eleitores no dia do pleito. A decisão ocorreu, ontem, em uma reunião entre Moraes e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

Em nota após o encontro, o TSE afirmou que apresentará, em conjunto com os militares, um "projeto-piloto complementar" seguindo o modelo apresentado pelas Forças Armadas para o teste. A Corte não detalhou, porém, se as alterações serão realizadas ainda neste ano. Procurado, o Ministério da Defesa reiterou as informações da nota divulgada pelo tribunal.

O teste é comumente realizado nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) com uma amostra aleatória de urnas para conferir se os registros nos equipamentos são compatíveis com um controle realizado a mão em um pleito simulado. Tem sido assim há 20 anos.

Segundo os militares, usar a biometria de eleitores e fazer o teste nas próprias seções colocam a testagem em um ambiente mais realista. Técnicos da Corte, porém, relutam em aceitar o modelo, especialmente com uma mudança tão perto do pleito. Um dos argumentos contra a participação de eleitores é a possibilidade de fragilizar o sigilo do voto, já que o participante provavelmente usaria o mesmo candidato no teste e na votação real.

O encontro de ontem foi o segundo entre Moraes e Nogueira para discutir medidas de segurança das urnas eletrônicas e a transparência no processo eleitoral. Participaram, também, técnicos do tribunal e do ministério.

Segundo o TSE, durante a conversa, os participantes reconheceram o êxito dos testes de verificação das urnas, realizados pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Equipes das instituições fizeram uma bateria de testes durante 60 dias nos equipamentos e não encontraram nenhuma falha ou vulnerabilidade.

Ainda conforme a nota do tribunal, na reunião, "também foi reafirmado que haverá a divulgação de todos os Boletins de Urna pelo TSE, possibilitando a conferência e a totalização dos resultados eleitorais pelos partidos políticos e entidades independentes".

Os Boletins de Urna são documentos contendo dados do equipamento eletrônico divulgados logo após o término da votação, como o total de votos por partido e candidato e o horário de encerramento da eleição, entre outras informações.

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