Punições são em resposta ao ataque do Irã contra Israel
O Reino Unido e os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira novas sanções contra
o Irã, em resposta ao ataque em grande escala a Israel, no qual lançou mais de 350
drones e mísseis.
O governo britânico disse que adicionou mais 13 indivíduos e entidades ao regime de
sanções contra Teerã, que estão diretamente relacionado na indústria iraniana de mísseis
balísticos e drones. Além disso, estão incluídas três subsidiárias do fabricante de
automóveis Bahman Group e o Ministério da Defesa do Irã.
Já o Departamento do Tesouro norte-americano impôs sanções a 16 pessoas e duas
entidades, que atingem as indústrias metalúrgicas e automobilísticas iranianas, além do
programa de desenvolvimento de drones, inclusive os Shahed, que foram utilizados no
ataque do último final de semana no território israelita.
Segundo Washington, o objetivo é limitar os programas militares que causam
desestabilização. “Com essas novas sanções, os EUA continuarão buscando que o Irã
preste contas por suas ações”, diz o comunicado da Casa Branca.
Por outro lado, de acordo com a agencia de notícias Tasnim, Teerã admitiu que poderá
rever a sua ‘doutrina nuclear’ diante das ameaças de Israel. “Um alto comandante da
Guarda Revolucionária do Irã garantiu que seu país tem o dedo no gatilho e está pronto
para lançar mísseis poderosos contra o território israelita, até mesmo contra instalações
nucleares se o governo de Tel Avive os atacar”, diz a Tasnim
Entre os penalizados está o ministro da Defesa iraniano, além de envolvidos na produção de drones e mísseis. Objetivo, segundo Washington, é limitar "programas militares desestabilizadores" de Teerã.Os Estados Unidos e o Reino Unido impuseram nesta quinta-feira (18/04) sanções contra "o programa de drones, a indústria siderúrgica e as montadoras de automóveis do Irã" após o ataque a Israel, anunciou o Departamento do Tesouro dos EUA. O Irã lançou mais de 350 drones e mísseis contra Israel durante a noite de sábado passado, mas quase todos foram interceptados em voo.
As sanções de Washington têm como alvo "16 indivíduos e duas entidades que possibilitam a produção de drones iranianos", como os drones Shahed, que foram "usados no ataque de 13 de abril", acrescentou.
As retaliações de Londres são direcionadas contra "várias organizações militares iranianas, indivíduos e entidades envolvidas na indústria de drones e mísseis balísticos iranianos". Elas também abrangem três subsidiárias da montadora iraniana Bahman Group e o Ministério da Defesa do Irã.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que, com essas novas medidas, seu país continuará a fazer com que o Irã pague por suas ações e garantiu que as sanções têm como objetivo "limitar os programas militares desestabilizadores" da república islâmica.
As medidas de Londres, por sua vez, têm como alvo "várias organizações militares iranianas, indivíduos e entidades envolvidas com as indústrias de drones e mísseis balísticos do Irã".
"Ato imprudente"
O governo britânico também penalizou 13 indivíduos e entidades no Irã, incluindo o ministro iraniano da Defesa, Mohammad Reza Ashtiani, e o general Gholamali Rashid, das Forças Armadas Iranianas. A esses dois altos funcionários juntam-se cinco outras pessoas ligadas ao setor de defesa do país e a departamentos militares, como o ramo naval da Guarda Revolucionária Iraniana e o quartel de Khatam al Anbiya, comandado por Rashid.
Outros sancionados nessa rodada de penalidades incluem o chefe da Organização das Indústrias Aeroespaciais, Seid Mir Ahmad Nooshin, e quatro colegas, assim como o Centro de Coordenação das Forças Armadas e o quartel-general de Khatemolanbia. "O ataque do regime iraniano a Israel foi um ato imprudente e uma escalada perigosa" do conflito no Oriente Médio, disse o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em comunicado.
Espera-se que os países do G7 (EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Japão, Itália e Alemanha) exijam punições individuais contra indivíduos envolvidos na cadeia de fornecimento de mísseis e drones para o Irã, de acordo com uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Itália.
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