De cada 10 crianças que estão na creche hoje, oito estão em entidades, muitas delas religiosas, que fazem parcerias com a prefeitura. Na última eleição, você disse que era contra esse modelo e que se fosse prefeito acabaria com as parcerias. Agora, você diz que mudou de opinião nessa eleição. No entanto, o seu partido, o PSOL, continua sendo contrário ao modelo de parcerias. Queria entender em quem nós devemos acreditar, no Boulos ou no PSOL?"
Boulos evitou confrontar Tabata e afirmou que "tem condições e capacidade de aprender, quando vê uma experiência", dizendo que vai manter as creches conveniadas e fortalecer os convênios, assim como disse que fará na rede pública. Na sequência, usou o tempo para criticar o atual prefeito e também candidato, Ricardo Nunes (MDB).
Em tom mais incisivo, a deputada federal voltou a questionar o candidato do PSOL sobre as suas mudanças de posicionamento e citou a legalização das drogas, o aborto e a Venezuela.
"Você, nesta eleição, abriu mão de muitos posicionamentos históricos que você e seu partido defenderam veementemente. Você dizia que era a favor da descriminalização das drogas. Agora, é contra. Dizia que era a favor da legalização do aborto. Agora diz que defende a lei do jeito que está. Esta semana, mudou sua posição em relação a Venezuela. Agora, finalmente, disse que é uma ditadura. Mas o seu partido mantém essas mesmas posições. Como é que você vai governar com o seu partido contra?", disse Tabata.
Boulos lamentou o fato da adversária ter trazido um assunto internacional para o debate sobre a cidade de São Paulo. "Tabata, lamento que você traga questões que não procedem para o debate."
Os dois candidatos disputam os votos da esquerda. O último Datafolha, divulgado nesta quinta-feira, 26, aponta empate triplo entre Ricardo Nunes (MDB), com 27% das intenções de voto, Boulos, com 25%, e Pablo Marçal (PRTB), com 21%. Tabata aparece com 9%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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