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#Debate tenso é pautado por #PCC, trocas de insultos e teatro de #Marçal

 

Debate foi marcado por forte tensão e insultos entre os candidatos à Prefeitura de SP, que passaram as últimas semanas trocando acusações


O debate entre os cinco principais candidatos à Prefeitura da capital, realizado neste domingo (1º/9) pela TV Gazeta e o canal MyNews, foi marcado por forte tensão, acusações de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e uma trocação generalizada de insultos entre os adversários.

O influenciador Pablo Marçal (PRTB) manteve o tom agressivo e provocativo dos outros embates na TV, disse que o evento era “um grande teatro”, e foi o maior alvo de ataques dos adversários do debate, que contou com as presenças de Guilherme Boulos (PSol), Ricardo Nunes (MDB), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB).

Segundo a última pesquisa Quaest, divulgada em 28/8, Boulos aparece com 22% das intenções de voto, seguido por Nunes e Marçal, com 19% cada um — cenário que configura empate técnico entre os três. Datena atinge 12% e Tabata soma 8%. Já a economista Marina Helena (Novo), que não participou do debate, tem 3%


Ligação com o PCC

Marçal foi o mais atacado, com os adversários levantando as suspeitas de ligação de aliados do influenciador com o PCC e com a sua condenação, em 2005, por participar de um esquema que aplicou golpe em idosos. O influenciador reagiu dizendo que seus adversários “fecharam um consórcio para parar o líder do campeonato paulistano”. Ele também ironizou que PCC seria a sigla para “patriotas contra os comunistas”.

Mesmo sem poder utilizar objetos no debate, obedecendo a uma das regras do evento, ele fez o “M” com as mãos várias vezes diante das câmeras e ficou mexendo os lábios. Em uma das provocações, no terceiro bloco, Datena chegou a descer do púlpito e seguir em direção ao influenciador. Os dois bateram boca frente a frente em um dos momentos mais tensos do debate. Ambos estavam intercalando direitos de resposta por ataques e a organização do evento pediu que não utilizassem “vocabulário chulo”.

No intervalo do bloco, a reportagem presenciou uma discussão, do lado de fora do auditório, onde a assessora de Marçal discutiu com organizadores para entender o motivo pelo qual um direito de resposta do influenciador havia sido concedido e, depois, retirado.

Debate agressivo

Novamente, o debate teve mais troca de agressões do que propostas apresentadas. Um dos que mais levantou o tom não só contra Marçal, mas também contra Boulos e Datena, foi Ricardo Nunes, que adotou uma postura mais agressiva neste debate após ter registrado queda nas pesquisas de intenção de voto nas últimas semanas. O prefeito chamou Marçal de “Pablito” e “tchutchuca do PCC”, protagonizando um dos maiores embates do primeiro bloco.

Nunes também atacou Boulos, o classificando como “invasor”: “Bandidinho é você, seu invasor sem vergonha, sem caráter. Enquanto você invade, eu entrego casa”. Em resposta, Boulos chegou a chamá-lo de “ladrãozinho de creche”, em referencia à investigação da Polícia Federal (PF) sobre suposto envolvimento do prefeito na chamada “máfia das creches”, e disse que a única coisa que invadirá é “o coração da população de São Paulo”.

Sobre Datena, Nunes disse que o apresentador “já foi condenado por imputar a pessoas inocentes crimes”.

Datena e Tabata, por sua vez, promoveram uma dobradinha para atacar tanto Nunes quanto Marçal. Depois de ter se exaltado no debate promovido por Estadão, Veja e Terra, onde deu um tapa em uma carteira de trabalho exibida por Marçal, Boulos apresentou uma postura mais tranquila quando atacado e voltou suas críticas a Nunes e Marçal.

Tensão nos bastidores

Boulos, Nunes e Datena, que faltaram ao último debate por entenderem que a atuação caótica e agressiva de Marçal havia desrespeitado as regras de encontros anteriores, só aceitaram participar do evento deste domingo após a TV Gazeta e o canal MyNews se comprometerem a readequar algumas regras, como o veto a lives feitas por assessores, e prometerem expulsar candidatos que desrespeitassem o que havia sido combinado previamente

O acesso da imprensa ao auditório foi vetado de última hora por uma demanda da assessoria de Nunes e do marqueteiro de Boulos, Lula Guimarães. Eles argumentaram que se havia uma imposição de que apenas duas pessoas poderiam acompanhar os candidatos dentro do estúdio, não faria sentido liberar a entrada da imprensa. Ambos condicionaram a ida de seus candidatos à demanda, feita a menos de uma hora do debate iniciar.

Na porta do auditório da TV Gazeta, instantes antes do debate iniciar, houve uma confusão: assessores de Boulos e Tabata alegavam que Marçal havia entrado acompanhado de cinco pessoas e demandavam que eles fossem retirados. Passados dez minutos do início do programa, três assessores do influenciador deixaram o estúdio.


Tchuchuca do PCC', 'Boules' e 'Bananinha': veja frases dos candidatos à Prefeitura de SP no 4º debate






Os melhores colocados em pesquisas entre candidatos para a prefeitura de São Paulo se encontraram neste domingo, 1º, para o quarto debate do pleito, realizado pela TV Gazeta e pelo canal My News. Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB) participaram do embate. 


As eleições municipais de 2024 acontecem no dia 6 de outubro, o primeiro domingo do mês. Já o segundo turno, se for o caso, deve acontecer no último domingo de outubro, no dia 27. Confira as frases mais marcantes:

Ricardo Nunes (MDB)

“Bananinha é o que você comeu na cadeia. Tchutchuca do PCC”, disse Nunes quando provocado por Pablo Marçal.

“Olha, Pablito, bananinha é o que você comeu na cadeia”, seguiu Nunes na resposta a Marçal. 

“Bandidinho é você, seu invasor, sem vergonha, sem caráter”, afirmou ao ser chamado de 'ladrãozinho de creche' por Guilherme Boulos.

“Enquanto você invade, eu entrego casa, seu invasorzinho, sem vergonha”, disse Nunes durante embate contra Guilherme Boulos.

Guilherme Boulos (PSOL) 

“Eu não converso com criminoso, por isso não vou falar com você”, respondeu após Marçal citar a linguagem neutra usada no hino nacional em comício. 

“Ladrãozinho de creche”, ao dirigir-se à Nunes, citando suposto desvio de verbas públicas destinadas ao atendimento de crianças de zero a três anos no município de São Paulo, investigado pela PF. 

“Vou responder aqui para o ladrãozinho de creche e falar que a única coisa que vamos invadir é o coração do povo de São Paulo", afirmou durante direito de resposta após Nunes chamá-lo de 'invasor'.

“Vai subir nas minhas redes mais um caso de condenação contra Pablo Marçal. Ficou claro agora porque ele zomba da carteira de trabalho, porque ele tem uma condenação na Justiça do Trabalho por humilhar os seus próprios funcionários", declarou ao citar caso de condenação de Marçal.

Pablo Marçal (PRTB) 

“Boules (...) Qual é a sensação de fazer o maior papelão da história cantando o hino nacional com linguagem neutra?”, disse Marçal ao comentar o uso da linguagem neutra em evento do psolista.

“Bananinha está desesperado porque a campanha dele desintegrou”, afirmou ao direcionar resposta para Ricardo Nunes. 

“Como é ter o Bolsonaro como amante? Você tem um amante, que gosta muito dele, e precisa esconder ele do povo”, disse, também, para Nunes. 

“O que a 'Chabata' está falando?”, perguntou ao apelidar a candidata Tabata Amaral. 

Datena (PSDB) 

“Bandidinho estelionatário virtual”, disparou Datena ao mencionar Pablo Marçal. 

“Se quiser invadir alguma coisa, não invada o meu coração, porque eu tenho seis stents”, disse para Guilherme Boulos. 

“É um roto falando do rasgado, de um condenado e outro que pode ser condenado”, declarou ao comentar embate entre Marçal e Nunes, após citar operação do Ministério Público contra as empresas de ônibus Transwolff e UPBus, supostamente usadas para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, na gestão do atual prefeito.

“Esse sujeito me ligou, um dia antes do debate da Band, para tentar armar comigo eu atacando o [Ricardo] Nunes [atual prefeito e que tenta a reeleição pelo MDB] e ele atacando o [Guilherme] Boulos [candidato do PSOL]”, Datena acusou Marçal de ligar para combinar ataques um dia antes do primeiro debate do pleito, realizado pela Band no dia 8 de agosto.

Tabata Amaral (PSB) 

“Você que tanta relação com o tráfico de drogas, como vai resolver a questão da cracolândia”, afirmou Tabata, citando a região no centro da capital conhecido como um local para uso de drogas. 

“As pessoas ainda não sabem que, para além de palhaço, você é um criminoso”, seguiu na resposta para Marçal. 

“Por que só agora, quando você cai nas pesquisas, você tem coragem de dizer que Pablo Marçal tem inúmeras conexões com PCC?”, disse Tabata para Ricardo Nunes. 

“Vou subir um novo vídeo mostrando o quanto a suspeita de caixa 2 e lavagem de dinheiro pelo qual Pablo (Marçal) é investigado tem a ver com as conexões dele com o crime organizado. A grande pergunta é quem financia e a quem interessa a candidatura do Pablo”, disparou contra Marçal. 

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