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EUA: polícia confunde centro médico com estufa de maconha e quebra máquina de ressonância magnética

 

Donos do centro médico recorreram à Justiça para serem ressarcidos; advogados classificaram ação como ‘nada menos que um circo desorganizado’




Policiais norte-americanos realizaram, em outubro de 2023, uma batida em um centro médico de diagnósticos pensando que se tratava de uma plantação de maconha e causaram uma cena caótica que incluiu a adesão de um rifle a uma máquina de ressonância magnética, segundo uma ação judicial apresentada na Califórnia.

O caso veio à público só agora após os proprietários do centro médico recorrerem à Justiça contra o departamento de polícia de Los Angeles, visando reparação por uma operação que seus advogados descreveram como “nada menos que um circo desorganizado”.

A queixa detalha como uma equipe da unidade tática de elite invadiu o Centro Diagnóstico NoHo depois que o líder do grupo convenceu um juiz a assinar uma ordem de busca. Segundo o texto, o agente Kenneth Franco usou suas “12 horas de treinamento em narcóticos” e descobriu que o local usava mais eletricidade que estabelecimentos vizinhos, segundo a ação.

“O agente Franco, portanto, concluiu que (o centro) cultivava cannabis, ignorando o fato de que é um centro diagnóstico que emprega uma máquina de ressonância magnética, raios-X e outros equipamentos médicos, ao contrário dos comércios vizinhos que vendem flores, chocolates e mercadorias infantis”, diz o documento.


Aviso ignorado

Após invadir o centro médico em outubro do ano passado, os agentes encontraram apenas escritórios, uma pessoa trabalhando e equipamentos médicos, como a máquina de ressonância magnética, uma ferramenta importante que usa ímãs potentes para criar escaneamentos detalhados de um paciente.

Apesar de um aviso indicar que objetos de metal devem ser mantidos afastados, um policial se aproximou da máquina “com um rifle pendurado em sua mão direita”, segundo descreve a ação. “Como era de se esperar, a força magnética da máquina de ressonância atraiu o rifle e o colou à máquina”, disse o texto.

Em vez de pedir ajuda aos especialistas sobre como remover a arma, um agente decidiu ativar o botão de desligamento de emergência. “Esta ação fez com que o ímã da ressonância magnética perdesse rapidamente a supercondutividade, o que provocou a evaporação de aproximadamente 2.000 litros de gás hélio e causou grandes danos na máquina de ressonância magnética”, ainda segundo a ação.

O agente retirou sua arma, mas deixou um carregador cheio de balas no chão da sala de ressonância magnética. A ação, que foi apresentada na Califórnia na semana passada, pede uma compensação pelos danos causados. Um porta-voz da Polícia de Los Angeles disse à AFP que o departamento não comenta sobre processos em aberto./AFP



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