VOD NOTICIAS SEM CENSURA

Ministro sobre retorno do horário de verão: “Possibilidade real”

 


O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou, nesta quinta-feira (12), em São Paulo, que a volta do horário brasileiro de verão é uma possibilidade real, para melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial e a consequente redução de consumo de energia elétrica no país.

O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, reconhece o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira.

Devido às implicações do horário de verão no cotidiano dos brasileiros, o chefe da pasta entende que a decisão de adiantar os relógios em uma hora, em parte do território brasileiro não pode ser tomada precipitadamente.  “[A medida] não deve ser tomada de forma açodada. Se necessário, não tenham dúvida, que nós voltaremos com o horário [de verão]”, concluiu o ministro.



Com estiagem de chuvas em diversas regiões do país, os reservatórios de água estão com registrando níveis críticos. Com as hidrelétricas enfrentando problemas, o governo federal tem pensado em medidas para evitar o colapso na rede elétrica no país. O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou, nesta quinta-feira (12/8), que a volta do horário de verão é uma possibilidade real.


O posicionamento de Silveira aconteceu após uma visita a Base Operacional e Centro de Treinamento da Enel Distribuição em São Paulo. O ministro avaliou que o retorno do horário de verão pode ajudar no melhor aproveitamento da luz natural à artificial e a consequente redução do consumo de energia elétrica no país.

“O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, pontuou o ministro.

 Silveira entende que a alteração do horário impacta na rotina de grande parte da população, em que a decisão de adiantar os relógios terá que ser pensada com cautela. “(A mudança) não deve ser tomada de forma açodada. Se necessário, não tenham dúvida, que nós voltaremos com o horário”, concluiu o ministro.

O ministro também lembrou que pesquisas demonstram que os efeitos do horário de verão são positivos para uma gama de setores econômicos no Brasil, como o turismo. Silveira salienta que a economia gerada pelo horário de verão é importante para reduzir o despacho de usinas térmicas nos horários de pico de consumo

Plano de contingência

Para a próxima segunda feira (16/9) Silveira determinou ao Comitê Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e a Secretaria Nacional de Energia Elétrica (MME)  se reúnam com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para apresentar um plano de contingência para o verão de 2024/2025 e o planejamento energético do próximo ano.

No plano de contingência, o ministro quer informações sobre quais térmicas são da Petrobras do setor privado e quais são as principais fontes das usinas que geram energia elétrica a partir, por exemplo, da queima de óleo diesel, combustível fóssil derivado do petróleo. O objetivo é manter o equilíbrio do setor elétrico brasileiro com segurança energética.

Horário de verão

O horário brasileiro de verão foi instituído pela primeira vez pelo, então, presidente Getúlio Vargas, de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932. 

No Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando o governo federal passado decidiu revogá-lo, em abril de 2019, alegando pouca efetividade na economia energética.

Antes da extinção, o período de vigência do horário de verão entre os meses de outubro e fevereiro era definido, de acordo com critérios técnicos, para aproveitar as diferenças de luminosidade entre os períodos de verão e do restante do ano.

A medida impactava na redução da concentração de consumo elétrico entre 18 horas e 21 horas.

Até a extinção, o horário de verão era aplicado nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, ainda, no Distrito Federal. E ficavam de fora da política pública as regiões Norte e Nordeste, por não representar redução da demanda energética significativa nos estados das duas regiões, devido à diferença na luminosidade em relação ao restante do país.

De acordo com o decreto nº 9.242 de 2017, a hora de verão funcionava a partir de zero hora do primeiro domingo do mês de novembro de cada ano, até zero hora do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano seguinte. Mas, se coincidisse com o domingo de carnaval, o encerramento ocorria no domingo seguinte.

*Com informações da Agência Brasil.


Comentários