Assessoria jurídica da campanha afirma ainda que não foi consultada antes do post
Um dos advogados da campanha de Pablo Marçal (PRTB) disse ao GLOBO, sob anonimato, que os assessores jurídicos do candidato e o partido não foram consultados antes da postagem do falso laudo contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL). Marçal teria contado apenas para os aliados mais próximos, como o advogado Tassio Renam.
O laudo é falso, como confirmou uma perícia da polícia de São Paulo.
— Erro fatal. Devia ter consultado o jurídico — disse o advogado, que ainda atua para o candidato e agora estuda possibilidades de defesa no caso do falso laudo.
Na noite de sexta-feira, Marçal divulgou um laudo falsificado apontando que Boulos teria procurado uma clínica com surto psicótico e o médico o teria encaminhado uma emergência psiquiátrica, em 2021. O mesmo documento, indicaria que o deputado federal teria testado positivo para cocaína no episódio. O post foi removido e a conta de Marçal, derrubada pela Justiça Eleitoral.
Marçal declarou a jornalistas neste sábado que não se arrependia da postagem e que o documento falso teria sido recebido pelo seu advogado e ex-CEO de seu grupo empresarial, Tassio Renam, e tentou se eximir que qualquer responsabilidade pelo conteúdo.
Marçal também admitiu conhecer o dono da clinica, o biomédico Luiz Teixeira Silva Júnior, que é seu vizinho em Alphaville e gravou vídeos ao seu lado para as redes sociais. Ele prestou serviços estéticos para a esposa dele, Ana Carolina. Declarou, no entanto, que não teria "nenhuma relação com o laudo", que tem fortes indícios de falsificação segundo reconhece a própria Justiça Eleitoral em primeira instância.
Uma perícia da Polícia Civil de São Paulo confirmou que o laudo postado por Marçal é falso. O Noticias sem censura havia indicado uma série de inconsistências do laudo forjado por Marçal.
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