Apagão em SP: Mais de 1,3 milhão de consumidores seguem sem energia após 24h

 Um grave apagão em São Paulo deixou mais de 1,3 milhão de consumidores sem energia elétrica por mais de 24 horas, causando transtornos em diversas regiões. A falta de luz afetou residências, estabelecimentos comerciais e serviços essenciais, como hospitais e sistemas de transporte público.

Além da falta de luz, moradores de algumas regiões também tiveram o abastecimento de água afetado

Depois de 24 horas do temporal que atingiu São Paulo, cerca de 1,35 milhão de clientes permanecem sem energia elétrica na noite deste sábado (12). A concessionária Enel, responsável pelo fornecimento do serviço, não informou um prazo para a normalização.

Na sexta-feira (11), a capital paulista registrou ventos de mais de 107 km/h, de acordo com a Defesa Civil do estado. A medição foi feita na estação meteorológica de Interlagos, na zona sul da cidade. Essa ventania é a mais forte desde 1995, ainda de acordo com o órgão estadual.

O presidente da Enel, Guilherme Lancastre, disse em coletiva neste sábado (12), que não havia previsão da retomada do fornecimento de energia elétrica. “Não tem como dizer essa informação [prazo]. Vai continuar o trabalho incansável para todos os clientes. Tem muitas variáveis e não quero colocar uma justificativa que seja frustrada”, informou Lancastre.

Alguns clientes chegaram a receber mensagens com previsão de retomada dos serviços apenas na próxima segunda-feira (14). Questionada pela Noticias sem censura, a Enel disse que a mensagem “trata-se de uma falha na programação da resposta automática do canal de atendimento pelo WhatsApp, que já foi corrigida”.

Nas redes sociais, moradores de diferentes regiões reclamam da demora para o restabelecimento do serviço. Em um vídeo publicado no X, um morador do Jardim ngela mostra a rua completamente às escuras. “Tudo apagado, não dá para ver nada”, diz ele.

O Procon de São Paulo informou neste sábado (12) que vai notificar a Enel pela demora no restabelecimento dos serviços de energia elétrica nas áreas de concessão da empresa. De acordo com o órgão, será solicitado à empresa a apresentação de um plano detalhado de para o enfrentamento de eventos climáticos severos.

“O Procon-SP poderá ainda requisitar outros documentos, convocar reuniões presenciais e iniciar procedimentos fiscalizatórios para tratar de mais esta ocorrência grave”, diz o comunicado. A empresa terá o prazo de 48h para apresentar uma manifestação.

 

Sem água

Um boletim sobre os impactos das chuvas, divulgado pelo governo do estado no início da noite deste sábado (12), também atualizou sobre as regiões e municípios da grande São Paulo que tiveram o abastecimento de água afetado por conta da falta de energia elétrica.

De acordo com o boletim, na capital, os bairros que ainda sofrem com o problema são: Vila Formosa, Jardim São Luiz, Capão Redondo, Americanópolis, Vila do Encontro, Parque Bologne, Interlagos, Grajaú, Parelheiros, Sapopemba, Jardim Marilda, Vila Clara, Vila Romana, Ipiranga, Vila Jaguara, Pirituba, Parque Anhanguera, e Jaraguá.

Já na região metropolitana da capital, a situação persiste em Santo André nos bairros Vila Progresso, Miguel ngelo, Vila Suíça, Gerassi e São Jorge; em São Bernardo do Campo nos bairros de Vila Planalto e Nova Petrópolis; em Cotia no bairro Jardim Atalaia; e em Cajamar nos bairros Jordanésia e Parque São Roberto.

A Sabesp, empresa responsável pelo serviço de água, orientou os clientes sobre o uso consciente da água. A companhia informou ainda que registrou impacto na distribuição nas regiões de São Roque, Araçariguama, Boituva e Torre de Pedra, no interior do estado.

As causas exatas do apagão ainda estão sendo investigadas pelas autoridades competentes e empresas fornecedoras de energia, mas especula-se que o problema tenha sido causado por falhas na rede elétrica, possivelmente agravadas pelas condições climáticas ou problemas técnicos. Equipes de manutenção estão trabalhando incessantemente para restaurar o fornecimento, mas a previsão de normalização total ainda não foi confirmada.

A população enfrenta dificuldades para lidar com a situação, especialmente em relação à conservação de alimentos e a paralisação de atividades que dependem de eletricidade. Esse evento levanta questões sobre a infraestrutura energética da cidade e a capacidade de resposta a emergências desse tipo.

Moradores de áreas afetadas são aconselhados a economizar energia assim que o serviço for restabelecido, e os órgãos responsáveis prometem atualizações contínuas sobre o progresso das reparações.

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