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Dono de clínica que infectou pacientes com HIV não é médico

 

Dono do laboratório responsável pela testagem dos órgãos que foram transplantados com HIV tem 33 anos


Dono do laboratório responsável pela testagem dos órgãos que foram transplantados com HIV no Rio de Janeiro, Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira tem 33 anos e não possui formação acadêmica na área da saúde. Ele é formado em Engenharia de Controle e Automação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde fez mestrado em Engenharia Elétrica.

O laboratório em questão se chama Patologia Clínica Doutor Saleme (PCS-Saleme) e foi contratado pela Fundação Saúde, empresa pública vinculada ao Estado do Rio de Janeiro. O empreendimento se tornou investigado por envolvimento na contaminação, por HIV, de seis pacientes transplantados. Matheus Vieira também possui outra empresa no ramo da saúde, a Quântica Serviços de Radiologia, que tem capital social de R$ 150 mil.

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O empresário é primo de Luiz Antônio Teixeira Junior, conhecido como Doutor Luizinho (PP-RJ). O político é deputado federal e foi secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro no governo Cláudio Castro. Entre 2013 e 2016, Luizinho também foi secretário de Saúde de Nova Iguaçu, cidade na qual está baseada a empresa de Matheus Vieira.

Vieira também é dono de uma empresa de tecnologia, chamada M. S. T. B. Vieira, e da Aremberg Participações, holding de instituições não-financeiras que trabalha com administração de fundos por contrato ou comissão.

Secretaria do RJ age após casos de HIV

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) criará uma comissão multidisciplinar para prestar apoio aos seis pacientes infectados por HIV após receberem transplantes de órgãos. A Anvisa e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) estão investigando o caso.

O laboratório responsável pela coleta de sangue dos doadores de órgãos infectados com HIV teve seus serviços suspensos e foi interditado pela Anvisa. Até agora, foi constatada a infecção de seis pacientes com o vírus HIV após receberem transplante de órgãos.

De acordo com o governo, a Anvisa esteve no laboratório PCS e notou que a unidade não tinha kits para realização dos exames de sangue. A empresa também não apresentou notas fiscais da compra dos itens,.cha



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