Formado por militares e um policial, o grupo incentivava apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e divulgava fake news sobre possíveis fraudes nas eleições de 2022
Relatório da PF, que teve o sigilo quebrado nesta terça-feira (19), mostra que a organização, que planejava matar o então presidente recém-reeleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tinha o objetivo de “incitar” a população de direita a resistir em frente aos quartéis do Exército para criar o ambiente “propício” para um golpe de Estado.
Formada por militares e um policial federal, a organização divulgava ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e fake news sobre possíveis fraudes nas eleições de 2022, que resultaram na derrota do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
“[…] a organização criminosa investigada tinha o objetivo de incitar parcela da população ligada à direita do espectro político a resistir à frente das instalações militares para criar o ambiente propício ao golpe de Estado. Para isso, utilizaram o modus operandi da milícia digital, para disseminar, por multicanais, fake news sobre possíveis fraudes nas eleições de 2022, ataques sistemáticos a ministros do STF e do TSE”, diz o relatório.
De acordo com a PF, os fatos criaram o ambiente propício para o “florescimento de um radicalismo”, que resultou no episódio que ficou conhecido como 8 de Janeiro, quando manifestantes invadiram e vandalizaram os prédios dos Três Poderes, e no atentado a bomba realizado no mesmo local, em 13 de novembro de 2024.
Organização criminosa
A PF realizou, na manhã desta terça-feira (19), uma operação contra organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Segundo a PF, o grupo – formado na maioria por militares das Forças Especiais (FE), os chamados “kids pretos” – visava um golpe de estado para impedir a posse do governo eleito em 2022.
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