Delegado da Polícia Federal pode ficar até dez anos no comando da corporação e reforçou os desafios frente as novas tecnologias
Ao todo, o nome dele foi aprovado por 145 países. Dos 193 que fazem parte da Interpol, 153 votaram na assembleia-geral. Ele teve o voto contra de seis países, sendo que dois se abstiveram. Ao longo dos seus 101 anos de existência, a Interpol teve oito secretários-gerais.
O brasileiro é o primeiro cidadão de um país em desenvolvimento a ocupar o posto e assume o lugar do alemão Jürgen Stock, que estava no cargo há dez anos. Urquiza toma posse no final de semana, ao final da assembleia-geral. O mandato é de cinco anos, podendo ser prorrogado por mais cinco.
Com a decisão, o delegado vai mudar para a cidade de Lyon, na França, onde fica a sede da corporação. Em discurso após o resultado, o brasileiro afirmou que um grande desafio são os avanços tecnológicos, como a ampliação do uso de inteligência artificial.
Primeiro, no mundo de hoje, a tecnologia não é um luxo—é uma necessidade. Para acompanhar as ameaças que enfrentamos, a Iterpol deve ser proativa, integrando novas tecnologias que avancem nossa missão. Inteligência artificial, big data, análises preditivas — essas ferramentas não são apenas palavras da moda; são essenciais para tornar nosso trabalho mais eficaz. Precisamos fornecer às forças policiais em todo o mundo os recursos, as estruturas e o suporte para gerenciar e analisar dados, compartilhar informações rapidamente e se manter à frente das tendências criminosas", disse ele.
Urquiza destacou que pretende reforçar que a entidade é uma polícia neutra, mas que deve dar espaço para todas as vozes e para a diversidade humana. "Para ser eficaz, a aplicação da lei precisa ser inclusiva. A Interpol tem a obrigação de representar todas as vozes, de todos os cantos do mundo. Devemos promover a diversidade, empoderar vozes sub-representadas e trazer todos os países membros para a mesa", completou.
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