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Trump ameaça aiatolá, analisa entrar na guerra e exige rendição total do Irã

 Presidente americano deixou mais cedo a reunião do G-7, em meio a rumores de que os EUA poderiam auxiliar Israel nos ataques




Com a tensão fervendo no Oriente Médio, o presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou suas ameaças e exigências ao Irã, gerando incerteza sobre o futuro do conflito. Em declarações feitas nesta terça-feira, 17 de junho, através de sua rede social Truth Social, o republicano exigiu a “rendição incondicional” do Irã no confronto com Israel e deixou em aberto a possibilidade de uma ação drástica contra o aiatolá Ali Khamenei.


Ameaças Diretas e Paciência no Limite

Trump não poupou palavras ao se dirigir ao líder supremo iraniano. "Sabemos exatamente onde o 'Líder Supremo' está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos matá-lo, pelo menos não por enquanto", escreveu Trump, uma mensagem carregada de uma advertência velada. A declaração, além de chocar, ressalta a capacidade de inteligência americana e coloca o aiatolá em uma posição vulnerável.

A "paciência americana está acabando", alertou o presidente, reiterando a linha dura que tem adotado em relação ao programa nuclear iraniano e aos recentes desenvolvimentos na região. A exigência de "RENDIÇÃO INCONDICIONAL!" foi repetida em letras maiúsculas, sublinhando a gravidade da situação e a intransigência de Washington.


Reuniões de Alto Nível e Pressão sobre Israel

A seriedade da situação foi demonstrada pela reunião de Trump com assessores do Conselho de Segurança Nacional na Sala de Situação da Casa Branca. O encontro, que durou cerca de duas horas, focou no confronto no Oriente Médio e na possibilidade de um envolvimento militar americano. Após a reunião, um telefonema com o premiê israelense Binyamin Netanyahu reforçou a proximidade entre os dois países e a coordenação de esforços.

Apesar da pressão de Israel para uma intervenção militar dos EUA no conflito, Trump ainda não tomou uma decisão final. A urgência da questão é palpável, especialmente porque Israel tem pressionado a Casa Branca a agir militarmente para pôr fim ao programa nuclear iraniano. Os comentários de Trump, que frequentemente se refere aos esforços de guerra de Israel usando a palavra "nós", sugerem um alinhamento cada vez maior e a possibilidade real de uma entrada dos EUA no conflito.


A Bomba Anti-Bunker: Uma Opção na Mesa

Uma das decisões mais críticas que Trump enfrenta é se deve ou não usar a maior arma convencional dos EUA: o Massive Ordnance Penetrator (MOP) de 13.660 kg, uma bomba anti-bunker teleguiada. O alvo em potencial seria a instalação de enriquecimento nuclear mais profunda do Irã, um ataque que sinalizaria uma escalada drástica na postura americana.

Embora Trump tenha insinuado que os EUA controlam os céus iranianos, as ações visíveis até agora foram de Israel, utilizando caças de fabricação americana. Autoridades israelenses afirmam ter destruído grande parte das defesas aéreas do Irã, o que poderia facilitar uma eventual intervenção americana.


Diplomacia Descartada e Mobilização Militar

A postura de Trump em relação a um cessar-fogo é clara: ele busca algo "melhor do que um cessar-fogo", um "fim real". O presidente enfatizou que não está "muito a fim de negociar" e quer que o Irã desista de seus esforços para desenvolver armas nucleares. Essa retórica indica uma preferência por uma resolução definitiva, em vez de uma trégua temporária.

Paralelamente às declarações políticas, o Pentágono está ampliando sua presença militar no Oriente Médio. Cerca de 20 aviões-tanque foram enviados dos EUA para a Europa, um movimento estratégico para garantir opções logísticas caso instalações americanas próximas à zona de conflito sejam ameaçadas. Esses aviões de reabastecimento e jatos de transporte pesado pousaram em bases aéreas na Espanha, Grécia, Alemanha, Itália e Escócia, demonstrando a capacidade de projeção de força dos EUA.


Pressão Interna e o Equilíbrio Político

A decisão de Trump de se envolver ou não no conflito também é influenciada por pressões internas. O vice-presidente JD Vance, em uma postagem recente, sugeriu que os EUA poderiam intensificar seu envolvimento para "acabar com o enriquecimento iraniano". Vance, ao mesmo tempo, tentou apaziguar a oposição dentro da base de apoio de Trump, que se preocupa com o envolvimento em "guerras estrangeiras" após décadas de "política externa idiota". Ele argumentou que Trump "conquistou alguma confiança nessa questão", buscando justificar uma possível intervenção militar.

No entanto, a oposição no Congresso já se mobiliza para dificultar qualquer autorização para Trump entrar no conflito, refletindo a cautela de parte do establishment político americano em relação a novas aventuras militares no Oriente Médio.

A situação continua a se desenvolver, com a comunidade internacional observando de perto os próximos passos de Donald Trump e o impacto que suas decisões terão na já volátil região do Oriente Médio. A incerteza paira no ar, com a possibilidade de uma escalada militar significativa pairando sobre o Irã.


O presidente americano, Donald Trump, fez nesta terça-feira, 17, uma série de ameaças e exigências ao governo do Irã por meio de sua conta na rede social Truth Social. O republicano pediu a “rendição incondicional” dos iranianos no conflito com Israel e deixou aberta a possibilidade de assassinar o aiatolá Ali Khamenei e disse que “a paciência americana está acabando”.


Em seguida, Trump se reuniu com assessores do Conselho de Segurança Nacional no começo da tarde na Sala de Situação da Casa Branca para discutir o confronto no Oriente Médio e um possível envolvimento americano na guerra. A reunião começou pouco depois das 15h (horário de Brasília) e terminou pouco antes das 17h.


Após a reunião, ele conversou por telefone com o premiê Binyamin Netanyahu. Trump ainda avalia ajudar Israel militarmente, mas não tomou uma decisão.

“Sabemos exatamente onde o ‘Líder Supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos matá-lo, pelo menos não por enquanto”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. Seus comentários ocorrem em um momento em que os Estados Unidos estão aumentando sua presença militar no Oriente Médio e o presidente precisa decidir se irá se envolver ou não no conflito.

“Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando. Obrigado pela atenção neste assunto!”, acrescentou. Em seguida, escreveu: “RENDIÇÃO INCONDICIONAL!”.

O presidente a todo momento se referiu aos esforços de guerra de Israel com a palavra “nós” — todas sugestões aparentes de que os Estados Unidos poderiam entrar na guerra contra o Irã.

Ele deixou mais cedo a reunião da G-7 na segunda-feira no Canadá, em meio ao agravamento do conflito e rumores de que os EUA poderiam auxiliar Israel nos ataques ao programa nuclear iraniano.


Os comentários ocorreram em um momento em que Israel pressiona a Casa Branca a intervir militarmente no conflito com o Irã para pôr fim ao programa nuclear do país. O presidente americano há muito tempo se opõe ao envolvimento em guerras estrangeiras e expressou esperanças de um acordo negociado com o Irã.

Sua decisão imediata é se deve ou não utilizar a maior arma convencional dos EUA — o Massive Ordnance Penetrator de 13.660 kg, um bomba anti-bunker teleguiada — para atacar a instalação de enriquecimento nuclear mais profunda do Irã.


Embora Trump tenha sugerido que os Estados Unidos controlavam os céus iranianos, o único combatente visível tem sido Israel, que tem usado caças de fabricação americana. Autoridades israelenses afirmam que conseguiram destruir grande parte das defesas aéreas do Irã.


Mais cedo, Trump disse que buscava algo “melhor do que um cessar-fogo” entre Israel e Irã — “um fim real, não um cessar-fogo”. Em declarações a repórteres no Força Aérea Um, Trump disse que queria que o Irã desistisse, mas insistiu que Teerã abandonasse qualquer esforço para desenvolver armas nucleares. “Não estou muito a fim de negociar”, acrescentou.

Mobilização militar

Em meio à expectativa por alguma decisão de Trump, o Pentágono está ampliando sua presença militar no Oriente Médio.

Cerca de 20 aviões-tanque foram enviados dos Estados Unidos para a Europa no domingo e na segunda-feira, um movimento que as autoridades americanas associaram ao desejo dos comandantes de ter opções caso as instalações americanas próximas aos países em guerra enfrentem uma ameaça direta.


Dados de rastreamento de voos mostram que os aviões de reabastecimento, juntamente com alguns jatos de transporte pesado, decolaram de pontos nos Estados Unidos e pousaram horas depois em bases aéreas na Espanha, Grécia, Alemanha, Itália e Escócia. Entre eles estavam KC-135 Stratotankers e KC-46 Pegasuses.

Pressão interna

Também em uma postagem nas redes sociais, o vice-presidente JD Vance deu a entender que os Estados Unidos poderiam intensificar seu envolvimento no conflito. Vance disse que o Irã não precisa de combustível nuclear enriquecido acima do nível necessário para energia comercial.


Trump, escreveu ele, “tem demonstrado notável moderação”, mas “pode decidir que precisa tomar medidas adicionais para acabar com o enriquecimento iraniano”. “Essa decisão cabe, em última instância, ao presidente”, escreveu Vance.

Ao mesmo tempo em que sinalizou a possibilidade de um envolvimento americano no conflito, Vance tentou amenizar a oposição de parte da base de apoio de Trump à entrada dos americanos na guerra.


“É claro que as pessoas têm razão em se preocupar com o envolvimento estrangeiro após os últimos 25 anos de política externa idiota”, um período que abrange o primeiro mandato de Trump e os governos Bush, Obama e Biden. Mas, acrescentou, “acredito que o presidente conquistou alguma confiança nessa questão”


Politicamente, há oposição interna ao envolvimento americano no conflito e a oposição no Congresso já se mobiliza para dificultar a autorização para Trump entrar no conflito. / NYT E AFP  

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