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Eduardo Bolsonaro chama denúncia da PGR de “fajuta”

 Deputado e jornalista Paulo Figueiredo foram denunciados por coação judicial para pressionar autoridades norte-americanas



O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou de “fajuta” a denúncia apresentada nesta 2ª feira (22.set.2025) pela PGR (Procuradoria Geral da República) contra ele e o jornalista Paulo Figueiredo por coação em processo judicial.

Em nota conjunta com o jornalista, o deputado chamou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, de “lacaio” do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Segundo ele, a denúncia na mesma data do anúncio das sanções dos Estados Unidos contra a mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, “evidencia a perseguição política em curso”.


“Não nos intimidaremos. Pelo contrário, isso apenas reforça o que temos afirmado repetidamente —que a anistia ampla, geral e irrestrita é o único caminho para o Brasil”escreveram em comunicado publicado no X (ex-Twitter).

A denúncia indica que Eduardo e Paulo Figueiredo teriam atuado para pressionar autoridades norte-americanas para a adoção de sanções contra integrantes do Estado brasileiro, incluindo ministros do STF. O objetivo, segundo a PGR, seria favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado.

Segundo Gonet, eles agiram de forma reiterada para “submeter os interesses da República e da coletividade a objetivos pessoais e familiares”.

Em resposta, eles argumentam que estão exercendo o direito constitucional norte-americano de “peticionar ao governo para corrigir abusos e injustiças”, uma vez que residem nos Estados Unidos.

O congressista e o jornalista declaram que a criminalização desse exercício constitucional em outra jurisdição configura uma prática de repressão transnacional contra cidadãos norte-americanos.

Segundo eles, esta seria uma das bases para as sanções aplicadas a Moraes por violações de direitos humanos e para as tarifas comerciais impostas ao Brasil.

Conselho de Ética pauta abertura de processo contra Eduardo nesta terça



Deputado é alvo de quatro representações no colegiado; pedidos questionam atuação do parlamentar nos Estados Unidos



Conselho de Ética da Câmara pautou para esta terça-feira (23) a abertura de processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por quebra de decoro parlamentar.

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo tem quatro representações no colegiado que miram sua cassação. Para esta terça, apenas uma foi pautada. O pedido, apresentado pela bancada do PT, solicita a instauração do processo e a possível perda de mandato.

Nesta segunda-feira (22), a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou Eduardo por coação no curso do processo, devido à atuação fora do país com ações voltadas a intervir nos processos judiciais para beneficiar Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo.


Na ação no Conselho, o PT questiona a permanência de Eduardo nos Estados Unidos e afirma que o congressista “tem se dedicado de forma reiterada a difamar instituições do Estado brasileiro, com especial virulência contra o Supremo Tribunal Federal e seus ministros”.

A ação também destaca que o deputado busca “influenciar autoridades do governo estadunidense a imporem sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal, em represália às investigações que envolvem seu pai e correligionários”.

Eduardo Bolsonaro reside nos Estados Unidos desde fevereiro e afirma que não pode voltar ao país por ser alvo de perseguição política.

No Conselho de Ética, o processo será considerado aberto a partir da leitura do termo de instauração na reunião do colegiado. Em seguida, está previsto o sorteio da lista tríplice para a escolha do relator. A partir da lista, o presidente do Conselho, deputado Fabio Schiochet (União-SC), define a relatoria.


Oitivas

Além do início da análise da ação contra Eduardo, o Conselho também têm previsto a realização das oitivas de testemunhas indicadas pelo deputado Gilvan da Federal (PL-ES).

Em maio, o colegiado aprovou a suspensão cautelar por três meses do deputado após ele direcionar ofensas à ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Apesar de já ter cumprido o período de afastamento, a representação segue tramitando e pode levar à punição. O relator do caso no Conselho é o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO).

Como testemunhas, a defesa do parlamentar indicou os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Sargento Fahur (PSD-PR), que confirmaram participação.

Outros dois também foram convidados: o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), que declinou do convite; e Paulo Bilynskyj (PL-SP), que ainda não confirmou presença.



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