VOD NOTICIAS SEM CENSURA

Campanha quer que Bolsonaro terceirize críticas a urnas eletrônicas

 


Imagem


A avaliação é de que, diante da resistência do presidente em abandonar o assunto, melhor que o tema seja explorado apenas por ministros e congressistas

A campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem defendido junto ao atual mandatário do Palácio do Planalto que terceirize as críticas às urnas eletrônicas e deixe de capitanear os ataques ao sistema eleitoral.

Segundo relatos feitos à CNN Brasil por integrantes da campanha, foi feito um diagnóstico ao presidente de que o encontro na segunda-feira (18) com representantes diplomáticos foi um “equívoco eleitoral”. E, já que dificilmente o presidente abandonará o discurso, é melhor que ele fique a cargo de ministros e congressistas, em um esforço de tentar dissociá-lo do assunto.

A terceirização do assunto é também defendida dentro das Forças Armadas. Segundo militares da ativa, é improvável que o presidente desista de tratar o tema, mas que, diante da forte reação ao tema, é o momento de uma espécie de recuo estratégico.

A avaliação feita pelo núcleo político da campanha eleitoral é de que o ataque às urnas apenas radicaliza a imagem do presidente, dificultando o avanço sobre o eleitorado moderado e a queda nos índices de rejeição

A rejeição, aliás, é apontada como a principal barreira à reeleição do presidente, já que, apesar de ele ter demonstrado recuperação nos índices de intenção de voto no primeiro turno, não tem conseguido diminuir a diferença com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um eventual segundo turno.

Para fazer um contraponto ao encontro da segunda-feira (18), a campanha eleitoral tem recomendado ao presidente que adote um discurso moderado na convenção nacional do PL, marcada para o domingo (24).

A ideia é que ele foque em pautas positivas, sobretudo na área econômica, como a queda do preço dos combustíveis e o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600.

E que, ao abordar a chamada pauta de costumes, adote o que chamam de um discurso ameno, em defesa apenas da família, da liberdade e da religião, sem entrar em pontos polêmicos.

Segundo integrantes da campanha, é o próprio presidente quem está escrevendo o discurso para a convenção nacional do PL. Para tentar suavizar a cerimônia, os organizadores da cerimônia têm defendido que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também discurse.


Fonte CNN


Comentários