Mais de 100 morrem num dia em território libanês. Exército israelense atinge centro da capital pela 1ª vez. País também faz ataque de longa distância contra porto iemenita controlado por houtis
Israel fez um ataque na madrugada desta segunda-feira (30) na região central de Beirute pela primeira vez desde 2006. Até agora, as investidas do país na capital libanesa estavam restritas aos subúrbios. Segundo agências de notícias, um prédio residencial foi atingido.
A ação veio após um domingo (29) em que o Ministério da Saúde contabilizou pelo menos 105 mortos em diferentes regiões do Líbano. O órgão afirma que mais de 1.000 pessoas morreram nas últimas duas semanas, desde que Israel começou uma ofensiva contra o grupo extremista Hezbollah. O governo de Benjamin Netanyahu bombardeou no mesmo dia o Iêmen, a 2.000 km de Israel.
“Nosso trabalho não acabou. Temos dias desafiadores à frente. A eliminação de [Hassan] Nasrallah [líder do Hezbollah] é um passo necessário para mudar o balanço de poder no Oriente Médio”
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, estima que o número de pessoas forçadas a deixar suas casas para fugir do conflito pode chegar a um milhão, o que equivale a um em cada seis habitantes do país, como destacou o jornal O Globo. A agência de refugiados das Nações Unidas informou que pelo menos 70 mil cruzaram a fronteira desde a ampliação do conflito.
Pelo menos sete líderes seniores do Hezbollah foram mortos por ataques israelenses desde 20 de setembro. Um deles é Hassan Nasrallah, que comandava o grupo desde 1992 e foi morto na noite de sexta (27), conforme registrou o Noticias sem censura.
O Hezbollah e Israel vinham trocando ataques na fronteira do país com o Líbano desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, mas o conflito atingiu outro patamar nas últimas semanas. Leia mais sobre as crises simultâneas que afetam o Líbano num Expresso do Noticias sem censura.
Alvos no Iêmen
Pelo menos quatro pessoas morreram no domingo (29) num ataque aéreo israelense contra um porto controlado pelos houtis no Iêmen. Em julho Israel já havia bombardeado o local em Hodeidah, como registrou o Noticias sem censura.
Os houtis, que controlam a região, têm atacado o território israelense desde o início do conflito na Faixa de Gaza. Assim como o libanês Hezbollah, os houtis são apoiados pelo Irã, como contou o Noticias sem censura num Expresso sobre a história do grupo extremista.
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