Fortes chuvas deixam vias intransitáveis, interrompem circulação e prejudicam milhares de pessoas. Veja o que enfrentaram
Trabalhadores e estudantes ficaram sem alternativa para chegar em casa e na faculdade. Com circulação de trens interrompida, muitos a enfrentarem ônibus lotados da operação PAESE em trechos afetados entre São Caetano e Mauá.
O comunicado da Defesa Civil chegou 14:30 desta segunda-feira (31), alertando sobre fortes chuvas e riscos de alagamentos. “Cheguei na estação da Luz e ouvi que o trem estava funcionando até a estação de Tamanduateí. E aí, como faz?”.
A pergunta de Fabiana Ferreira, pouco depois das 19 horas, ao sair do trabalho, estava sendo feita por milhares de pessoas de Mauá, São Caetano e Santo André, na Grande São Paulo.
“A perua que traz minha filha da escola para casa ficou presa no trânsito, causando desespero em mim e no meu marido. Fiquei em contato com a escola, no fim das contas todas as crianças conseguiram chegar, com bastante atraso”, conta Mariana Alves, mãe de uma menina de 3 anos, estudante de escola pública no centro de Santo André.
Enquanto estudantes tiveram dificuldades para voltar para casa no final da tarde, universitários não conseguiram chegar à faculdade. “Tenho um trabalho que seria apresentado hoje, mas pouco importa, pessoas chegarão tarde em casa depois de um dia caótico”, ironiza Camila Rocha, que depende da linha 10-Turquesa da CPTM.
Vários bairros ficaram submersos nas três cidades, impedindo o trânsito de veículos e afetando escolas e comércios. Moradores viram suas ruas alagas e relataram horas de espera.
“Todo ano é a mesma coisa: chove e alaga tudo. E a gente? Que se vire”, reclama Maria das Graças, moradora em São Caetano.
Mesmo após 20h, quando a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que a movimentação dos trens estava normalizada, moradores continuaram enfrentando os resultados do temporal.
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