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Relatos da chuva: os perrengues de trabalhadores e estudantes no ABC

 

Fortes chuvas deixam vias intransitáveis, interrompem circulação e prejudicam milhares de pessoas. Veja o que enfrentaram


Resumo
Trabalhadores e estudantes ficaram sem alternativa para chegar em casa e na faculdade. Com circulação de trens interrompida, muitos a enfrentarem ônibus lotados da operação PAESE em trechos afetados entre São Caetano e Mauá.
Estação Brás, que no final da tarde fica sempre lotada, ficou ainda pior com as chuvas no ABC.
Estação Brás, que no final da tarde fica sempre lotada, ficou ainda pior com as chuvas no ABC.
Foto: Natan Freitas

O comunicado da Defesa Civil chegou 14:30 desta segunda-feira (31), alertando sobre fortes chuvas e riscos de alagamentos. “Cheguei na estação da Luz e ouvi que o trem estava funcionando até a estação de Tamanduateí. E aí, como faz?”.

A pergunta de Fabiana Ferreira, pouco depois das 19 horas, ao sair do trabalho, estava sendo feita por milhares de pessoas de Mauá, São Caetano e Santo André, na Grande São Paulo.


“A perua que traz minha filha da escola para casa ficou presa no trânsito, causando desespero em mim e no meu marido. Fiquei em contato com a escola, no fim das contas todas as crianças conseguiram chegar, com bastante atraso”, conta Mariana Alves, mãe de uma menina de 3 anos, estudante de escola pública no centro de Santo André.

Enquanto estudantes tiveram dificuldades para voltar para casa no final da tarde, universitários não conseguiram chegar à faculdade. “Tenho um trabalho que seria apresentado hoje, mas pouco importa, pessoas chegarão tarde em casa depois de um dia caótico”, ironiza Camila Rocha, que depende da linha 10-Turquesa da CPTM.

Carro alaga na Avenida 15 de Novembro, em frente ao Terminal Metropolitano de Santo André.
Carro alaga na Avenida 15 de Novembro, em frente ao Terminal Metropolitano de Santo André.
Foto: Natan Freitas

Vários bairros ficaram submersos nas três cidades, impedindo o trânsito de veículos e afetando escolas e comércios. Moradores viram suas ruas alagas e relataram horas de espera.

“Todo ano é a mesma coisa: chove e alaga tudo. E a gente? Que se vire”, reclama Maria das Graças, moradora em São Caetano.

Mesmo após 20h, quando a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que a movimentação dos trens estava normalizada, moradores continuaram enfrentando os resultados do temporal.

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