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Trump confirma conversa com presidente da Venezuela por telefone

 

Ligação acontece em um momento de escalada das tensões entre EUA e Venezuela; Trump declarou, no sábado (29), que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado "totalmente fechado"



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou, neste domingo (30), que conversou por telefone com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, mas não quis dar detalhes do que foi discutido.

A confirmação foi dada pelo presidente a repórteres a bordo do Air Force One durante a viagem de retorno a Washington, neste domingo (30). Trump passou o feriado do Dia de Ação de Graças na Flórida.

"Eu não quero comentar sobre isso. A resposta é sim", afirmou o presidente à imprensa.

"Não diria que [a ligação] foi bem ou mal… foi apenas uma chamada telefónica", completou ao ser questionado sobre como foi a conversa.

O New York Times já havia reportado sobre conversa entre os dois líderes, que aconteceu na semana passada, segundo fontes do jornal americano.


A ligação acontece em um momento de escalada das tensões entre EUA e Venezuela.

No sábado (29), Trump publicou nas redes sociais que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado "totalmente fechado".

Questionado neste domingo se seus comentários sobre o espaço aéreo significavam que ataques contra a Venezuela eram iminentes, Trump disse: "Não tirem conclusões disso."

Em uma publicação na rede Truth Social, o presidente afirmou: "A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, considerem o FECHAMENTO TOTAL DO ESPAÇO AÉREO SOBRE E AO REDOR DA VENEZUELA."


A Venezuela condenou a declaração. Em comunicado publicado pelo chanceler Yván Gil, Caracas disse denunciar e condenar a "ameaça colonialista que busca afetar a soberania de seu espaço aéreo, constituindo um novo, extravagante, ilegal e injustificado ato de agressão contra o povo venezuelano".

O chanceler acrescentou que, na publicação deste domingo, Trump "tenta aplicar extraterritorialmente a jurisdição ilegítima dos Estados Unidos na Venezuela".

"Esse tipo de declaração constitui um ato hostil, unilateral e arbitrário, incompatível com os princípios mais elementares do Direito Internacional e se insere em uma política permanente de agressão contra nosso país", pontuou o texto, que afirmou que o país "não aceitará ordens, ameaça nem ingerências provenientes de nenhum poder estrangeiro".

A chancelaria de Caracas ainda pontuou que a declaração de Trump marca uma suspensão unilateral dos voos de repatriação de imigrantes venezuelanos, que tem sido enviados dos Estados Unidos regularmente.

"A Venezuela seguirá exercendo plenamente sua soberania protegida pelo Direito Internacional em todo seu espaço aéreo", concluiu.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo (30) que conversou com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mas não forneceu detalhes sobre o que os dois líderes discutiram.

“Eu não quero comentar sobre isso. A resposta é sim”, disse Trump quando questionado se havia conversado com Maduro. Ele estava falando com repórteres a bordo do avião presidencial Força Aérea Um.

New York Times informou pela primeira vez que Trump havia conversado com Maduro neste mês e discutido um possível encontro entre eles nos Estados Unidos.

A revelação da ligação telefônica ocorre no momento em que Trump continua a usar uma retórica belicosa em relação à Venezuela, ao mesmo tempo em que considera a possibilidade de diplomacia.

No sábado, Trump disse que o espaço aéreo acima e nos arredores da Venezuela deveria ser considerado “fechado em sua totalidade”, mas não deu mais detalhes, provocando ansiedade e confusão em Caracas, enquanto seu governo aumenta a pressão sobre o governo de Maduro.

Quando questionado se seus comentários sobre o espaço aéreo significavam que os ataques contra a Venezuela eram iminentes, Trump disse: “Não tire conclusões sobre isso.”

O governo Trump está avaliando opções relacionadas à Venezuela para combater o que ele retratou como o papel de Maduro no fornecimento de drogas ilegais que mataram norte-americanos. O presidente venezuelano negou ter qualquer ligação com o comércio ilegal de drogas.

A Reuters informou que as opções que estão sendo consideradas pelos EUA incluem uma tentativa de derrubar Maduro, e que as Forças Armadas dos EUA estão preparadas para uma nova fase de operações após um maciço acúmulo militar no Caribe e quase três meses de ataques a barcos suspeitos de tráfico de drogas na costa da Venezuela. Trump também autorizou operações secretas da CIA no país.

Maduro e membros do alto escalão de seu governo não comentaram a ligação. Questionado sobre o assunto no domingo, Jorge Rodriguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, disse que a ligação não era o tema de sua coletiva de imprensa, na qual anunciou uma investigação de parlamentares sobre os ataques dos EUA a barcos no Caribe.



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