Ação é a mais letal da história do Rio de Janeiro, passando de 119 mortos, segundo a Polícia Civil
Isso acontece, porque, a ação é a mais letal da história do Rio de Janeiro, passando de 119 mortos, segundo a Polícia Civil. Foi superado, inclusive, o massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos, em 1992, em São Paulo.
"Fiz questão de estar aqui hoje com o governador Cláudio para me solidarizar e também dar os meus parabéns a ele, as forças de segurança do Rio de Janeiro, que fizeram no meu entender uma operação que vai fazer parte da segurança pública no Brasil. Tem sido erroneamente considerada a mais letal, deveria ser considerada a mais bem sucedida", disse Zema.
"Eu não vi falar de inocente que foi morto, que é o que geralmente acontece no Brasil, por parte dos criminosos. O que nós tivemos aqui foi a maior apreensão de armas, a maior apreensão coletiva de criminosos de alta periculosidade. O que eu vi foi isso. Agora, não estão com vida hoje, infelizmente, quatro agentes da lei, e também criminosos que revidaram os agentes da lei", prosseguiu.
Em apenas um dia, o número de fuzis apreendidos no Rio de Janeiro foi maior do que em meses inteiros no estado, de acordo com dados do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública), do MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública). Foram 93 armamentos de alto calibre.
Desde 2015, em todo o estado e durante um mês completo, nunca se apreendeu mais de 95 fuzis.
Foram presas 81 pessoas.
9 governadores se manifestaram a favor de Cláudio Castro após megaoperação
O chefe do Executivo do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), recebeu até esta 5ª feira (30.out.2025) o apoio de 9 governadores depois da megaoperação deflagrada na 3ª feira (28.out). Por meio das redes sociais, eles manifestaram solidariedade e defenderam atuação “firme” contra o crime organizado.
A operação Contenção foi realizada nos Complexos do Alemão e da Penha, que reúnem 26 comunidades na zona norte do Rio. Foi a mais letal da história do Brasil, com 121 mortes confirmadas, sendo 4 policiais. A ação teve como alvo a facção CV (Comando Vermelho). Foram mobilizados 2.500 policiais civis e militares.
Os governadores Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Wilson Lima (União Brasil), do Amazonas, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiáis, e Mauro Mendes (União Brasil), de Mato Grosso, fizeram publicações nas redes sociais em solidariedade a Castro.
Já Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, e Eduardo Riedel (PP), de Mato Grosso do Sul, não se manifestaram nas redes sociais, mas estão confirmados na comitiva de governadores de direita que irá ao Rio nesta 5ª feira (30.out) para apoiar o governo de Castro. Como apurou o noticias sem censura, a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), representando Ibaneis, e Ronaldo Caiado também estão confirmados.
A maioria dos governadores, porém, não se manifestou nas redes sociais sobre a megaoperação, incluindo os petistas Jerônimo Rodrigues, da Bahia, Elmano de Freitas, do Ceará, Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, e Rafael Fonteles, do Piauí.
Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul, em seu perfil no Instagram, afirmou que “o Brasil, do ponto de vista nacional, empurrou com a barriga o rumo da segurança pública” e criticou o que chamou de “guerra ideológica”.
Eis as manifestações dos governadores:
Jorginho Mello desejou no X (ex-Twitter) “que o Rio de Janeiro e o governador Castro mantenham uma posição firme contra o crime”.
Já Tarcísio de Freitas disse que “o Estado precisa retomar seu papel e devolver às pessoas o direito de viver com segurança e dignidade” e que “isso só será possível com convicção, liderança e vontade”.
Romeu Zema afirmou que “o Rio não pode ficar abandonado” e que “segurança pública é prioridade nacional”.
Wilson Lima escreveu em seu perfil no Instagram que o “inimigo em comum é o crime organizado” e disse ter conversado com Castro. Já Ronaldo Caiado parabenizou o governador “por sua decisão firme de enfrentar o crime no Rio de Janeiro”.
Mauro Mendes também parabenizou o governador e perguntou “o que mais precisa acontecer para que bandido seja tratado como bandido neste país?”.

AÇÕES DO GOVERNO
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciaram na 4ª feira (29.out) a criação de um escritório emergencial para combater o crime organizado no Estado. A decisão foi tomada depois de reunião entre autoridades estaduais e do governo federal, a pedido do presidente Lula.
O governo Lula criticou na 4ª feira (29.out), em um vídeo nas redes sociais, a forma como a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão foi conduzida. Sem citar o governador Cláudio Castro, a publicação afirma que é preciso atacar “o cérebro e o coração” dos grupos criminosos e defende a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da segurança pública.
Ainda na 4ª feira (29.out), Lula sancionou uma lei aprovada pelo Congresso Nacional que endurece o combate ao crime organizado no Brasil e aumenta a proteção de autoridades e funcionários envolvidos nessa área. O texto foi publicado na edição desta 5ª feira (30.out) do DOU (Diário Oficial da União).


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